Jeniffer é uma mulher que constantemente se “rotulava”. Ela acreditava que os comportamentos, dela própria, que ela desaprovava diziam sobre ela como um todo. Assim, ela se baseava em alguns de seus comportamentos para fazer conclusões sobre si mesma. Se ela tirava uma nota abaixo da média, ela concluía que era uma pessoa incapaz e desconsiderava todas as outras provas que tinha feito e nas quais ela tinha alcançado um bom resultado. Se ela fazia algo que chateava alguém importante para ela, ela concluía que era uma má pessoa e por aí vai… ela se colocou em tantas “caixinhas”, que seria difícil elencar todas elas aqui…
A rotulação é um "erro de pensamento" muito comum. Acontece quando colocamos um rótulo rígido em nós mesmos ou em uma terceira pessoa. Ao em vez de rotularmos o comportamento em específico, concluímos algo sobre a pessoa que o realizou. Com ajuda da psicoterapia, Jeniffer começou a perceber os seus comportamentos da forma como eles realmente são: apenas comportamentos. Nem sempre nos sentimos satisfeitas com os nossos comportamentos, mas eles não dizem sobre a gente como um todo. Quando conseguimos separar a avaliação do nosso comportamento da nossa avaliação enquanto pessoa, o nosso sofrimento tende a diminuir.
O seu comportamento não te define! Conta para mim, você já se rotulou? Em quantas “caixinhas” você já se colocou?
Referência: Knapp, P. (2004). Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica. (1.ed.). Artmed.
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